A análise metabolómica revela metabolismo energético alterado e reprogramação metabólica de aminoácidos em cães com doença mixomatosa da válvula mitral
Li, Q. et al.
2021
Journal of the American Heart Association

O objetivo deste estudo foi compreender melhor a patogénese da DMVM a nível molecular e sistémico, para identificar futuros alvos terapêuticos e novos biomarcadores com potencial diagnóstico e prognóstico. A premissa era que as mudanças na metabolómica sérica refletem adaptações de energia e interrupções da maquinaria metabólica de energia durante a evolução da DMVM. Os cães foram recrutados para qualquer um dos seguintes grupos: saudável, estádio B1, DMVM em estádio pré-clínico B2, história de ICC. Foram identificados 82 metabólitos diferenciais entre cães saudáveis e cães com doença mixomatosa da válvula mitral em estádio pré-clínico B1, enquanto 12 foram identificados entre os estádios B1 e B2. Os mediadores microbianos intestinais e as toxinas urémicas, incluindo os compostos de guanidina, TMAO e ureia, estão associados ao estádio B2 ou C/D. Os resultados revelaram metabolismo energético alterado, programação metabólica de aminoácidos e função renal reduzida no desenvolvimento de DMVM e ICC. A DMVM canina tem semelhanças com a doença mixomatosa da válvula mitral humana, e as informações obtidas neste estudo podem ter relevância clínica para doentes humanos.